Demissão Durante a Gravidez: O Que Fazer?

A demissão durante a gravidez é uma situação delicada e, muitas vezes, angustiante para a mulher. Além de afetar a estabilidade financeira, pode gerar dúvidas sobre os direitos trabalhistas e as providências necessárias para garantir a segurança e bem-estar da gestante. Neste artigo, vamos esclarecer o que fazer caso você enfrente essa situação.

Direito à Estabilidade Provisória no Emprego

De acordo com a Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a empregada gestante tem direito à estabilidade provisória no emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso significa que a empresa não pode demitir a funcionária sem justa causa nesse período.

Essa proteção se aplica independentemente de a empresa ter conhecimento da gravidez no momento da demissão. Caso a gravidez seja confirmada após o desligamento, a funcionária pode reivindicar seus direitos na Justiça.

O Que Fazer Caso Você Seja Demitida

1. Confirme a Gravidez

Se você foi demitida e acredita estar grávida, o primeiro passo é realizar um exame de gravidez para confirmar a gestação. Certifique-se de ter laudos médicos que comprovem a data de início da gravidez.

2. Informe a Empresa

Assim que confirmar a gravidez, comunique oficialmente a empresa. Isso pode ser feito por meio de uma notificação formal, anexando cópias do laudo médico. A empresa deve reconsiderar a demissão e reintegrá-la ao cargo ou indenizá-la pelo período de estabilidade.

3. Busque Orientação Jurídica

Caso a empresa não atenda à notificação, procure um advogado especializado em direito trabalhista ou o sindicato de sua categoria. Eles poderão orientá-la sobre como proceder e entrar com uma ação judicial, se necessário.

4. Reúna Documentos

Tenha em mãos todos os documentos relacionados ao vínculo empregatício e à demissão, como carteira de trabalho, contracheques, aviso prévio, laudos médicos e qualquer comunicação feita com a empresa.

Situações de Justa Causa

Vale destacar que a estabilidade provisória não se aplica em casos de demissão por justa causa. No entanto, a empresa deve comprovar a justa causa de forma clara e inequívoca.

Benefícios Garantidos pela Lei

Durante a estabilidade, a gestante tem direito a:

  • Salário integral;
  • Licença-maternidade de 120 dias, com estabilidade até cinco meses após o parto;
  • Manutenção dos benefícios oferecidos pela empresa, como plano de saúde.

Como Evitar Conflitos

Para evitar situações de conflito, mantenha uma comunicação transparente com a empresa e busque resolver as questões de forma amigável sempre que possível. Entretanto, não hesite em buscar seus direitos caso não haja um acordo.

A demissão durante a gravidez é um tema sensível que exige atenção e conhecimento dos direitos trabalhistas. Em caso de dúvidas ou dificuldades, conte com o apoio de profissionais qualificados para garantir que seus direitos sejam respeitados. Lembre-se: a legislação brasileira oferece proteção à gestante para assegurar sua estabilidade e bem-estar durante essa fase tão importante.

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